terça-feira, 31 de julho de 2007

Rio de Janeiro, porém, ainda não está pronto para realizar sonho dos Jogos Olímpicos

O resultado final do Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro foi positivo. A cidade foi aprovada, principalmente porque os problemas que mais atormentavam não só as autoridades e esportistas, como os próprios cariocas pouco antes do início dos Jogos, foram bem equacionados. O temido nó no trânsito da cidade não aconteceu. As férias escolares e a decisão de algumas empresas de dar, também, férias coletivas e seus funcionários, teve reflexo nas ruas.
Houve engarrafamentos isolados, o transporte oficial para as delegações cumpriu bem o seu papel, mas para um evento de maior porte como as Olimpíadas é preciso que as linhas 4 (Zona Sul-Barra) e 6 (Aeroporto-Barra) saiam do papel.

FOTOS - Veja as melhores imagens da cerimônia de encerramento do Pan do Rio

Temor inicial, segurança foi um dos pontos altos

A segurança, ou melhor, a ausência dela, problema que mais afligia a cidade e seus visitantes, também não foi sentida. A presença ostensiva dos 18 mil agentes reduziu índices de criminalidade e proporcionou a todos uma sensação de segurança e tranquilidade há muito não vistas.
O voluntariado também passou no teste, mas precisou da nota do conselho de classe para tal. Havia muitos e todos bastante solicitos e prestativos, mas a maioria não desempenhou a contento a função para a qual foram designados. A desinformação era geral. Não foram poucos os torcedores que viraram baratas tontas com as orientações desencontradas da turma, que também reclamou muito de maus tratos. Vários desistiram por terem de trabalhar horas a fio com direito a apenas um lanche.

Vaias da torcida viram polêmica e diminuem no fim
O comportamento da torcida também merece destaque, para muitos positivo, para outros, extremamente negativo. Parte dos atletas, inclusive brasileiros, reclamaram das vaias em excesso. Outros, entre eles estrangeiros, adoraram o calor humano dos cariocas. Na média, porém, ficou a certeza de que somente a sucessão de eventos esportivos que não sejam de futebol pode educar esportivamente os torcedores, o que já pôde ser visto ao longo do próprio Pan, com as vaias dando lugar aos aplausos com o passar dos dias.

Mas nem tudo foram flores no Pan do Rio...
Três pontos críticos devem ser destacados negativamente. O sistema de comunicação (telefonia celular e rádio) não funcionou em grandes aglomerações como os jogos de futebol no Maracanã e no Engenhão, além da cerimônia de abertura; a distribuição e venda de ingressos também apresentaram falhas. Houve problemas de duplicidade e mudanças de horários de competição sem comunicação prévia adequada. Em relação aos lugares marcados, o “jeitinho brasileiro” tratou de resolver a questão.
O péssimo sistema de alimentação foi o que levou pior nota na área de serviços. A rede de lanchonetes Bob’s não conseguiu suprir as necessidades dos torcedores. Os produtos eram escassos, e a variedade e qualidade, aquém do esperado, gerando muitas reclamações. Houve muitos pontos de venda fechados, as bebidas normalmente estavam quentes e o sanduíches, frios, quando havia. Isso para não falar dos preços, maiores do que os cobrados nas demais lojas da rede espalhadas pela cidade.

fonte - GloboEsporte.com

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