Teresópolis (RJ) - Durante os treinos preparatórios para o Pan-americano do Rio de Janeiro, os atletas da seleção estão recebendo o reforço de jogadores da categoria sub-20, alguns com passagens por categorias de base da seleção e outros que têm o primeiro contato com a camisa do Brasil.
Desde o último domingo, quando se juntaram aos atletas que disputarão o Pan, para um período de treinamentos idealizado pela comissão técnica, para que eles já começassem a sentir o ritmo de trabalho do time principal, Mithyuê, Betinho, Diece e Guiga vem realizando um sonho antigo.
Para eles, além de poder participar do período de treinamentos, é importante estar perto de ídolos da infância, como bem ilustrou o goleiro Guiga, que atua no Teresópolis/CRVG.
"Quando eu tinha 13 anos, tive a oportunidade de ir a um amistoso preparatório para o Mundial de 2000, quando eu tive a oportunidade de ver o Schumacher, o Rogério, o Lenísio e o Falcão jogarem. Nunca imaginei que treinaria com eles, ainda mais na Seleção", confidenciou, com certo ar de orgulho misturado com alegria estampado no rosto.
Diece, um cearense meio tímido com os colegas, mas que em quadra é dono de uma espontaneidade fora de série, teve um crescimento meteórico em sua recente carreira. Após ser campeão da Taça Brasil Sub-20 em 2006, sob o comando do técnico Vinicius Aguiar, jogando pelo Espaço Jovem João XXIII, batendo equipes mais estruturadas como o São Caetano Futsal e o Minas Tênis Clube, ele acabou campeão Sul-Americano Sub-20, ao lado de Betinho e Guiga.
O ala fala que deve muito ao seu antigo técnico, Vinicius Aguiar, e que aprende muito com Pedigão e Palhinha, seus comandantes em seu clube atual, a V&M Minas.
"Tenho consciência que meu crescimento na carreira vem sendo muito rápido e sei, mais ainda, que não tenho nada conquistado. Por isso espero manter a humildade e continuar aprendendo."
De todos, talvez seja Betinho o mais experiente, no sentido de rodagem entre clubes e países. Com pouca idade ele já atua na equipe do Manacor, da Espanha. Quando ainda jogava pelo São Paulo, também foi campeão Sub-20 do Sul-Americano, na Venezuela, com a seleção sub-20. "Já me adaptei rapidamente ao estilo de jogo espanhol. Não tenho problemas com a língua e aproveito esse momento na seleção para falar com jogadores mais experientes, como o Neto, o Vinícius e o Marquinho, por exemplo."
Mithyuê, por sua vez, espanta pela precocidade. Com apenas 17 anos de idade, o ala, dono de uma habilidade fora do comum, já é titular de um dos clubes mais fortes do país, o Joinville/Krona/DalPonte. Sob o comando de Vander Iacovino, ele tenta aprender o máximo possível, tanto em seu clube, como na seleção.
"Aqui estamos em meio aos mais experientes e conhecidos atletas do salonismo mundial. São jogadores que sempre admirei em minha adolescência e infância e esta oportunidade é um sonho, pois aprendemos muito com eles. Sempre tem uma dica, uma correção a ser feita. Sem contar que trabalhar com o PC de Oliveira é uma grande honra", disse o jovem talento.
Para o coordenador de Seleções, Reinaldo Simões, que trabalha com o futsal há quase 30 anos, disse que os jogadores são diferenciados e não tardarão muito a brilhar na seleção principal e no futsal do mundo. "Basta que tenham concentração e uma boa orientação. Talento e técnica eles têm de sobra. Basta mesclar isso com boas idéias, sempre se mantendo no eixo, que vão seguir vencendo em suas vidas."
fonte - Fagner Pinho
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Futebol de Salão - Futsal
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