sábado, 11 de outubro de 2008

Copa do Mundo 2008 - Com gol solitário de Schumacher, Brasil derrota o Irã sob vaias no Maracanãzinho

Sem dar show e enfrentando seu adversário mais difícil na Copa do Mundo de Futsal da Fifa, o Brasil mostrou equilíbrio e estreou com vitória na segunda fase da competição. Com uma atuação segura, porém distante das exibições espetaculares da primeira fase, os donos da casa bateram o Irã por 1 a 0 neste sábado, no Maracanãzinho. A próxima partida do Brasil acontece neste domingo, às 10h30m (de Brasília) contra a Itália, atual vice-campeã mundial. O jogo terá transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV.

O primeiro tempo começou com o Brasil dominando as ações ofensivas e acuando o Irã em seu campo de defesa. Os iranianos dependiam muito da criatividade de seus dois principais jogadores (Hassanzadeh e o capitão Shamsaee), e apostavam nas defesas do bom goleiro Nazari para tentar contra-ataques rápidos. Em um dos lances de ataque do Brasil, Schumacher acertou uma bomba para abrir o placar aos 2m37s, fazendo Brasil 1 a 0. A desvantagem no placar não mudou a forma de jogar dos asiáticos, que mantinham a postura tática. Aos 5m58s, Shamsaee acertou um belo chute, defendido espetacularmente por Tiago.

Torcida pede por Falcão desde o início
A exemplo das partidas da primeira fase, o ala Falcão começou a partida no banco de reservas. A torcida carioca, no entanto, pediu a sua entrada desde o início do jogo. Os pedidos foram atendidos pelo técnico PC de Oliveira, para delírio dos 7.811 torcedores que praticamente lotavam o Maracanãzinho e garantiam à partida o maior público do Mundial até o momento.

Agência/EFE

Lenísio finaliza a gol.


O Brasil não conseguiu furar o bloqueio defensivo dos iranianos
Os brasileiros mantinham o domínio durante todo o primeiro tempo, marcando a saída de bola do Irã. Quando tinham a posse de bola, no entanto, paravam na boa defesa iraniana, e também no goleiro Nazari, que fazia defesas espetaculares e evitava que os donos da casa ampliassem o placar. Em uma delas, em chute de Wilde, a bola explodiu em seu rosto, deixando-o tonto e tendo de ser atendido pelos medicos da delegação asiática. Até o fim do primeiro tempo, o ritmo da partida foi ditado pelo Brasil, com ataques sucessivos diante de um Irã defensivo e sem forças para ir ao ataque com efetividade. Os brasileiros, no entanto, não traduziram sua superioridade em gols, e foram para o intervalo com a vantagem mínima no placar. O destaque da primeira etapa foi Schumacher, que, além do gol, construiu boas jogadas e mostrou-se perigoso na armação de jogadas. No segundo tempo, o jogo de ataque contra defesa continuou. Os brasileiros dominavam inteiramente a partida, mas o gol não saía. Impaciente, a torcida gritava "ão ão ão, queremos o Falcão", sendo novamente atendida pelo técnico PC de Oliveira.

Irã cansa e Brasil é vaiado no segundo tempo
Cometendo erros seguidos de posicionamento e finalização, os brasileiros tinham dificuldade em furar o bloqueio iraniano e, quando conseguiam, perdiam gols feitos, como com Schumacher, de cabeça, e Marquinho, em lances seguidos aos oito minutos do segundo tempo.

A formação com Lenísio, Falcão e Schumacher deu ao time a consistência ofensiva que faltava, e isso se refletiu nas chances claras de gol criadas a partir do momento em que os três jogadores pasaram a atuar juntos em quadra.

Na segunda metade do segundo tempo, o Brasil voltou a cometer erros defensivos, principalmente faltas na quadra do Irã. Com quatro faltas coletivas, os anfitriões ficavam em situação perigosa, já que após o limite de cinco faltas coletivas, todas as cobranças são feitas em tiro livre sem barreira.

Cautelosos, os brasileiros passaram a tocar a bola e a tentar manter a bola na quadra iraniana, evitando a todo custo cometer mais faltas. A torcida carioca cantava "queremos gol" e ensaiava gritos de "Olé" a 2m45s para o fim do jogo. No fim, debaixo de vaias dos presentes, os brasileiros comemoravam a vitória discretamente, cumprimentando os iranianos no centro da quadra.

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fonte - Portal GloboEsporte.com

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